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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Preguiça

A preguiça, ou bicho-preguiça, é um mamífero da ordem Xenarthra (anteriormente chamada de Edentata ou Desdentada), a mesma dos tatus e tamanduás), pertencente à família Bradypodidae (preguiças com três dedos) ou Megalonychidae (preguiças com dois dedos).

Todos os dedos têm garras longas pelas quais a preguiça se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos longos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina. Na Mata Atlântica, o animal se alimenta dos frutos da Cecropia (embaúba, conhecida por isto como árvore-da-preguiça).

De hábitos solitátios, a preguiça tem como defesa sua camuflagem e suas garras. Para se alimentar, a Preguiça utiliza-se de "dentes" que se apresentam em forma de uma pequena serra. Herbívoro, tem hábitos alimentares restritos, o que torna difícil sua manutenção em cativeiro. Dorme cerca de 14 horas por dia, também pendurada nas árvores. Na reprodução dá apenas uma cria, e apenas a fêmea cuida do filhote. Reproduz-se, como tudo que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. O seu principal predador é a onça-pintada. As preguiças vivem apenas nas matas do continente americano e estão divididas em seis espécies diferentes, que podem ter dois ou três-dedos nas patas anteriores.

Apesar de ocuparem o mesmo nicho ecológico, dificilmente se verifica a presença dos dois gêneros em uma mesma área.
No Brasil, existem as seguintes espécies de três-dedos:
 - Preguiça-Comum (B. variegatus) que também é encontrada de Honduras ao norte da Argentina e todas as florestas do Brasil. 

 - Preguiça-de-Bentinho (B.tridactylus) que também vive na Venezuela, Bolívia, Rio Orinoco, Guianas. 

 - Preguiça-de-Coleira (B. torquatus) que vive somente nos nos trecho da Mata Atlântica que vão do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, sendo esta a espécie mais ameaçada de extinção.


Em 2001 foi descoberta uma nova espécie no Panamá, a preguiça-anã (B. pygmaeus)

A Preguiça-de-Dois-Dedos (Choloepus didactylus) é encontrada da América Central até São Paulo, no Brasil.

A Preguiça-Real (Choloepus hoffmanni) vive nas florestas tropicais, desde a Nicarágua até o Brasil Central.











segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Irara

A irara (Eira barbara) é um animal carnívoro da família dos mustelídeos. É a única espécie do género Eira. Têm um aspecto semelhante às martas e fuinhas, podendo atingir um comprimento de 60 cm (não incluindo a cauda). As iraras habitam as florestas tropicais da América Central e América do Sul.

A irara é também conhecida no Brasil pelo nome de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamada "cabeza de cejo", que significa "cabeça de velho". Sem dúvida é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar "humano".
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é uma parenta da marta. Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil a as habilidades manuais ficam evidenciadas quando na capitura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas trazeiras e a cauda e com as patas dianteiras vai "desrosquando" a fruta até que a mesma se solte do caule: as palmas de suas patas são lisas, as garras parcialmente retrateis e as articulações de suas pernas lhe permitem "virar as patas" para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. São escansoriais,solitárias,mas podem ser vistas aos pares, costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos e até cutias. Os filhotes nascem cegos, mas inteiramente cobertos de penugem negra e são facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar.











Lebre Comum

A Lebre comum ou Lebre Europeia (Lepus europaeus) é um animal muito conhecido que se encontra entre as principais espécies cinegéticas. De origem estepeestepária, abunda sobretudo em zonas agrícolas pouco humanizadas. Existe em toda a Europa com excepção da Península Escandinava, parte da Península Ibérica e de algumas ilhas do Mar Mediterrâneo. Ocorre também no Norte de África e na Ásia Ocidental. Ao contrário do coelho, a Lebre abriga-se em tocas pouco profundas já que conta com a sua coloração mimética para se dissimular na paisagem. Vive solitariamente com excepção do período do cio. O cio ocorre de Janeiro a Outubro e as crias já nascem com pelo e aptas a ver. Na América do Sul, ou sul do Brasil as lebres vivem em campos e dunas, são animais noturnos, que ao anoitecer saem para se alimentarem e acasalar-se. As Lebres alimentam-se com brotos de gramas, folhas de amendoim, milho, feijão, alface e principalmente raizes de mandioca. As Lebres do sul do Brasil não tem o hábito de dormir em tocas, dormem sob arbustos e sempre viradas para um ponto de saída estratégica em caso de ataque de seus predadores.




Cervo do Pantanal

O Cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus) é um mamífero ruminante, da família dos cervídeos. É o maior veado da América do Sul. Vive nas regiões pantanosas e ao longo das bordas das florestas do Brasil, Uruguai, Paraguai e Guianas. Os cascos desse animal podem ficar completamente abertos e as duas metades em que eles se dividem se mantém unidas por uma membrana interdigital. Esses cascos evitam que o animal afunde no lodo. O Cervo-do-Pantanal tem uma galhada bifurcada, com cinco pontas em cada haste. É muito arisco e esconde-se durante o dia. À noite, vai para as clareiras em grupos de cinco ou mais para alimentar-se de capim, juncos e plantas aquáticas. O Cervo frequentemente entra na água. Os machos, ao contrário da maioria dos outros antílopes, não lutam pela posse das fêmeas.

Embora sua carne não sirva para comer, o Cervo-do-Pantanal é caçado por causa do seu couro e da galhada. Os índios da América do Sul preparam vários tipos de remédio com a galhada do Cervo-do-Pantanal, desde uma "poção do amor" até uma mistura para facilitar o parto.

Tritão Marmoreado

O Tritão-Marmoreado ou Tritão-verde (Triturus marmoratus) é uma espécie de anfíbio caudado pertencente à família Salamandridae. O tritão-marmoreado tem cor castanha-escura ou preta, apresentando manchas verdes de forma irregular. Os machos adultos tem uma risca branca ou bege na cauda e apresentam uma crista dorsal durante a época de reprodução. Esta risca é relativamente pequena comparada com as dos seus parentes, os tritões-de-crista, e ligeiramente maior do que a da sua espécie-irmã, o tritão-marmoreado-pigmeu. As fêmeas e juvenis não apresentam crista dorsal, mas sim uma risca vermelha ou alaranjada. A barriga pode ir desde o bege até ao preto, podendo apresentar um número variável de manchas brancas ou pretas.

O tritão-marmoreado pode ser encontrado no sudoeste de França e no norte de Espanha e Portugal. Embora sejam bastante comuns nestas áreas, não são facilmente encontrados pois normalmente permanecem em locais escondidos, como debaixo de troncos caídos, rochas, ou outros locais húmidos. Durante a época de reprodução que vai de Janeiro até Maio, podem ser encontrados em charcos, valas, tanques, poços e outros locais com água estagnada.

Em França, ocorre em simpatria com o tritão-de-crista. A Sul, está em parapatria com o tritão-marmoreado-pigmeu. O limite de distribuição desta duas espécies acompanha aproximadamente o Sistema Central em Espanha, com o tritão-marmoreado ocupando as vertentes Norte e o pigmeu a ocupar as planícies a Sul. Em Portugal, o limite acompanha o rio Tejo até à zona de Abrantes.
A reprodução nesta espécie não envolve copulação, no entanto a fertilização é interna. O modo de reprodução é partilhado com os outros membros do género Triturus. Nos locais de reprodução, o macho realiza uma 'dança' ritual envolvendo sucessivos batimentos laterais com a cauda em frente da fêmea, que permanece relativamente apática durante todo o processo. Depois, o macho deposita um espermatóforo que a fêmea recolherá (embora não sempre) com as patas, e encaminhará para a cloaca. Após a fecundação, formam-se os ovos, que serão depositados individualmente em folhas de vegetação aquática. A fêmea dobra a folha onde depositou o ovo de modo a escondê-lo de predadores.

Alguns dias após serem depositados, 50% dos ovos morrem devido ao chamado síndrome do cromossoma-1. Este síndrome resulta da necessidade, nos tritões do género Triturus de os dois cromossomas 1 terem tamanhos diferentes, embora a razão exacta não seja conhecida. Alguns estudos revelaram que os tritões-marmoreados usam as estrelas para se orientarem a caminho dos locais de reprodução.

Sapo de Unha Negra

O Sapo-de-unha-negra (Pelobates cultripes) é um anfíbio da ordem Anura (Salientia) e subordem Pelobatidae. Este é um anfíbio de hábitos crepusculares, vive enterrado durante o dia (possui hábitos fossadores) em galerias que vão de 6 a 20 cm de profundidade cavadas com duas poderosas "esporas", que são duas calosidades enrijecidas do metatarso nas patas anteriores (de onde provem o nome do animal).

Este anuro apresenta uma coloração pardacenta, normalmente com fundo verde claro e manchas aleatórias acastanhadas ou cor de azeitona, o ventre por sua vez contrasta com o dorso sendo de uma cor mais clara. Possui dois grandes olhos muito proeminentes e pupila vertical, sendo dos poucos apelidados de "sapos" não pertencentes à família Bufonidae (verdadeiros sapos, apresentam glândulas parótidas e pupila horizontal) que se sente relativamente bem dentro de água, pois é um bom nadador, mas preferindo normalmente não entrar nesta.

Na época reprodutiva, nesta espécie, os machos apresentam calosidades amareladas nas patas posteriores que ajudam o macho a agarrar a fêmea, de maior tamanho, durante o amplexo. Estes animais costumam atingir entre 6 a 12 cm de comprimento. Durante esta época reprodutiva (que vai normalmente de Fevereiro a Março) os adultos sexualmente maduros procuram charcos com alguma profundidade para acasalarem e libertarem a prole. Os girinos desta espécie são de fácil identificação pois são bastante grandes, destacando-se das restantes espécies ibéricas.
Esta espécie ocorre na Península Ibérica e parte noroeste de França, em florestas de caducifólias e em terrenos arenosos.

Esta espécie encontra-se ameaçada, tal como tantos outros anfíbios ibéricos devido à perda gradual de habitat, aos atropelamentos nas estradas e à predação das suas larvas por espécies piscículas introduzidas tal como o achigã e a perca-sol.








Salamandra Lusitânica

A Salamandra-Lusitânica ou Saramantiga (Chioglossa lusitanica) é um anfíbio pertencente à ordem Caudata, endémico do noroeste da Península Ibérica. É a única espécie do género Chioglossa. A sua cauda pode atingir dois terços do comprimento do corpo. Se atacadas, estas salamandras podem soltar a cauda por autotomia, regenerando-a posteriormente. Esta espécie tem várias características morfológicas que as tornam adaptadas a ambientes ribeirinhos, reproduzindo-se em refúgios estivais, tais como minas abandonadas. O seu estado de conservação está actualmente definido como vulnerável pela UICN, dada a degradação contínua do seu habitat, e área de distribuição limitada.Possui um corpo estreito e cilíndrico, raramente ultrapassando os 16 cm de comprimento. Tem uma cauda longa, que nos adultos pode atingir dois terços do comprimento total do animal. Os olhos são protuberantes. As patas dianteiras têm 4 dedos e as traseiras 5. A sua cor básica é o preto e têm 2 listas dorsais de cor dourada ao longo do corpo, que se unem, na cauda. A superfície dorsal pode ter pequenos ponteados azulados. O ventre é cinzento. Quando se sente ameaçada tem a possibilidade de soltar a cauda, que é posteriormente regenerada. É o único salamandrídeo ibérico com essa capacidade.É uma espécie que ocorre em Espanha e Portugal, confinada à área noroeste da Península Ibérica, onde a precipitação é mais acentuada. Na Espanha está presente na Galiza, Astúrias e parte oeste da Cantábria. Está presente na parte norte de Portugal, a norte do Rio Tejo. A população mais a sul situa-se na Serra de Alvelos.  Habita regiões com precipitação superior a 1000 mm por ano e abaixo dos 1500 m de altitude. Os adultos preferem zonas junto a ribeiros de água corrente de zonas de montanha onde ocorra vegetação densa e rochas cobertas de musgo.  Preferem ambientes aquáticos com pH ligeiramente ácido.

A espécie é considerada vulnerável pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, integrante da Lista Vermelha do UICN.Como em muitas outras espécies de anfíbios, esta espécie está em declínio principalmente devido à alteração e destruição do habitat, modificação do habitat através de desflorestação e alteração da qualidade da água, intensificação da agricultura, drenagem dos locais de reprodução e devido ao uso local de pesticidas, fertilizantes e outros poluentes. As salamandras-lusitânicas foram também afectadas pelo aumento das monoculturas de eucalipto. A manta morta formada de folhas de eucalipto diminui a quantidade de presas e liberta substâncias tóxicas para as salamandras.
No litoral Norte e Centro de Portugal, a perda da qualidade da água deve-se ao desvio de pequenos ribeiros para uso na rega, e para abastecer zonas urbanas e industriais.
Modelos climáticos prevêem que esta espécie, juntamente com outras espécies de anfíbios ibéricos, diminuam a sua área de distribuição nos próximos 50 a 70 anos devidos às alterações climáticas. Os modelos analisados incluem diminuição da precipitação e aumento da temperatura.

Salamandra-de-Fogo

Salamandra-de-fogo, salamandra-comum ou salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra) é uma espécie de anfíbio caudado pertencente à família Salamandridae. É também conhecida regionalmente por saramela, saramantiga ou salamaganta.
A sua pele é característica de cor negra com manchas amarelas. Medem entre 14 e 20 cm de comprimento. As larvas são aquáticas mas o adulto é terrestre. São encontradas em grande parte da Europa central e do sul. Também ocorrem no norte de África.


 Habitam áreas com altitudes entre os 400 e os 1000 m.Várias subespécies da salamandra-de-fogo são reconhecidas. As subespécies S. s. fastuosa e S. s. bernadezi são vivíparas. As restantes são ovovivíparas.
Em Portugal existem duas ou mais subespécies: S. s. gallaica e S. s. crespoi (que ocorre apenas na região algarvia).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pirarara



A Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) é um peixe que pode ser encontrado na bacia do rio Araguaia, Tocatins e Amazonas. Pode pesar mais de 60kg, tem uma cor cinzenta e vermelhada. É um peixe carnívoro e alimenta-se de peixes menores do fundo dos rios.
Peixe de couro, de grande porte. é caracterizado pela cabeça enorme, fortemente ossificada, com uma placa óssea localizada antes da nadadeira dorsal. É um dos peixes de couro mais coloridos da Amazônia. Sua coloração é muito bonita, sendo o dorso castanho esverdeado, os flancos amarelados e o ventre esbranquitado. As nadadeiras dorsal e caudal são alaranjadas. Pode chegar a mais de 1,50m de comprimento total e mais de 50kg
Ocorre no canal dos rios, nos poços logo após as corredeiras e igapés. Alimenta-se de peixes, frutos e caranguejos. Tem a reputação de atacar seres humanos, principalmente crianças.
Mas isso é apenas história de pescador.

Búfalo


Os búfalos são animais domésticos da família dos bovídeos, de origem asiática, utilizados para produzir carne e leite para consumo humano. Nativo de África. É um herbívoro de grandes dimensões, que atinge 1,7 metros de altura, 3 metros de comprimento e 900 kg de peso.
O búfalo-africano embora fisicamente semelhante ao búfalo comum encontrado na pecuária do norte do Brasil, é um animal de maior porte e selvagem. O búfalo adulto é muito forte, impondo respeito mesmo a um grupo de leões que possa cruzar no seu caminho. Além do homem, possui como predador natural o leão, mas mesmo um indivíduo da manada é capaz de se defender usando a força ou a proteção da própria manada. Regularmente pelo número de animais na manada, pela dispersão no terreno e pela falta de defesa de animais idosos, os leões podem matar e comer um búfalo, mas isto exige que um grupo de leões se organize e ataque um único animal. É raro o fato de um leão atacar e derrubar um búfalo adulto sozinho. Outros predadores como as hienasleopardos, somente conseguem atacar um búfalo novo e que por algum motivo encontra-se desprotegido da manada. O búfalo-africano nunca foi domesticado e permanece selvagem em regiões e parques nacionais da savana e os africana.
O búfalo-africano, também chamado de búfalo-do-cabo, é encontrado normalmente nas pradarias (grasslands) e na savana, nos seguintes países: Etiópia, Somália, Zâmbia, Zimbábue, Namíbia, Botswana, Moçambique, África do Sul, Quênia e Tanzânia.
No passado a população dos búfalos-africanos chegou a 10 milhões de animais, atualmente estima-se que sobrevivem 900.000, sendo a maioria na savana da África oriental. Os motivos para a diminuição da população dos búfalos-africanos foi a caça predatória, o uso do seu habitat como campos de agricultura, secas e a introdução no continente africano de pestes e doenças. Atualmente é considerado um animal fora do risco de extinção devido a proteção em parques nacionais e reservas privadas nas regiões da savana africana, entretanto o seu habitat é diminuído em área a cada ano (Huffman, 2006).

Girafa